Pensei no que iria dizer… Porém, quase no mesmo segundo, desisti. Vi que algumas coisas não valem o estresse nem o nosso tempo. Já despejei sentimento demais. Já escrevi poesias demais. E acho que agora é hora de me resguardar um pouco mais…
Talvez amanhã o clima seja diferente… Talvez eu esteja me adiantando demais por pensar em um amanhã que ainda nem existe. Mas sabe como é: as minhas paixões sempre foram platônicas e efêmeras. Com um prazo de validade. Com uma passagem de volta bem programada.
As dores, ou a falta de cores, me fizeram provar o gosto amargo da desilusão. Então, fechei o meu coração como primeira opção. Algum dia tive a ideia de tentar te conquistar, mas todas as tentativas foram em vão. Depois disso, fiquei perdido e sem razão…
As rimas tentam traduzir esse sentimento como uma válvula de escape da minha realidade. Uma falsa esperança vem à tona? Quem sabe a madrugada me responda…
A minha mente é sempre criativa, e, até quando há escuridão, consigo enxergar uma fagulha de inspiração… Mesmo que depois caia em devaneio e contradição.
Não pedi permissão para te amar. Então, faça-me um favor e se ausente do meu presente, porque não aguento mais sofrer por quem não sente…
E eu sinto muito.
Texto anterior:
Ego poético
Houve uma época em que eu sonhava com o mundo aos meus pés. Achava-me acima de tudo e de todos... Com certeza, era o ego falando mais alto. Será que as coisas são assim quando descobrimos um dom? Essa responsabilidade de dominar a palavra é uma bênção e, ao mesmo tempo, uma maldição, se você se deixar levar demais...
desconfio que quem não sente - o que quer que seja - não está vivo...