Sempre haverá coisas não ditas e compromissos que ficaram para outro dia… quem sabe até, uma outra vida.
Ela era uma joia rara como esmeralda. Não se misturava com qualquer bijuteria. Seus olhos eram reluzentes como as estrelas que imaginamos em Marte. Fazia da música pura arte…
Entendi os seus sinais e aconcheguei os sentimentos de alguém que já foi machucado por outro alguém também… deixamos tudo fluir naturalmente nas águas do oceano, como a correnteza daquela cachoeira que me levou para outro planeta e jamais será esquecida…
Seus livros ainda estão na minha cabeceira. Sua voz angelical ainda soa em meus ouvidos como se fosse uma serenata… uma declaração de paz em tempos de guerra!
Sabia de cor todos os meus gostos enquanto apreciávamos um bom vinho ao final da sexta-feira. Ela me lembrava a sutileza das musas de Jorge Ben Jor… possuía um olhar penetrante e era apaixonada pelas flores, como a magnólia.
Com certeza, você poderá me chamar de nostálgico daqui a algumas horas… sinceramente, eu não ligo… carrego um fardo de saudade dentro do meu peito.
Hoje, só as palavras me cercam… é irônico ser poeta, ter facilidade em tecer as palavras e, ao mesmo tempo, não ter a menor experiência de como regar e cultivar um relacionamento em quatro paredes…
Tudo o que me resta agora é deixar esse melódico Blues tocar pela sala e me perguntar: Que horas ela volta?
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difícil é não ter a resposta exata…