Quando estava a um passo do abismo, não sentia medo do perigo, nem via o meu brilho. No fundo da escuridão, o oceano te afoga mais rápido, e o agora se torna passado em um piscar de olhos.
Não é exagero quando digo que as rimas e essas palavras salvaram minha alma! Ainda sinto falta de quem eu fui um dia e das pessoas que se foram deste plano… A saudade nunca me abandona! É aprender a conviver com ela como se fosse um fantasma ou um divórcio turbulento. Se algum dia te amei… hoje já nem sei!
Esperava que fosse mais fácil atravessar esse labirinto vazio sozinho. Era novo demais para entender que nada era eterno, mesmo que o seu beijo fizesse parar os ponteiros… A lei do desapego não funcionava para um canceriano com o coração despedaçado.
Cacos de vidro se espalham, e os cortes são marcas recentes de quem, na maioria das vezes, esteve ausente.
Ontem, o sabor dela era um presente. Hoje, as garrafas de uísque pintam o cenário de um vício amaldiçoado. A visão embaça, e assim me entrelaço com o tempo… A ressaca é algo que deixo para o amanhã que ainda não foi escrito.
Eu sei que sou a serpente do seu pecado! E nada me dói mais do que ser expulso do paraíso. Fiz o inferno ser gelado e um palco para minha mente obsessiva! Talvez esteja lembrando da fase depressiva. Talvez o meu sorriso seja suicida! Talvez seja psicótico igual ao Coringa… Me dê a fama e as cartas de volta… Quem sabe assim consigo ser aclamado como Heath Ledger.
O que é a vida sem a morte? O que sou eu sem você?
Tomara que amanhã eu me arrependa de ter escrito esta mensagem… Tomara que amanhã eu bloqueie o seu contato e aprenda a viver a minha vida sem dependência emocional e com um pouco mais de amor próprio por mim.
Esse foi um belo fim para minha cicatriz cotidiana… Amar quem não te ama daria uma boa peça shakespeariana.
Texto anterior:
Rastros de um novo eu
Minha cabeça sempre viaja por aí, transformando sentimentos em diários. Delírios de um jovem que já acreditou e também sofreu por amor… Mas, se me perguntarem se me arrependo de algo, a resposta será: não.
às vezes, é preciso deixar a saudade doer até que uma hora para…