O que mais amo na música é essa magia, esse poder que ela tem de atingir o ponto mais profundo e complexo da nossa alma! E é isso que sinto quando escuto o álbum “The Divine Feminine” do Mac Miller.
Eu estava no último ano do ensino médio quando Mac dropou o álbum. Eu fui apresentado ao trabalho dele através do início do relacionamento dele com a Ariana Grande. Acompanhava muito ela naquela época, então, queria saber sobre o cara que ela estava namorando… e foi nessas aí que me deparei com o álbum. Lembro que não curti tanto à primeira vista, achei a sonoridade de “Dang!” Monótona e não dei muita chance pro projeto…
Mas aí, o tempo foi passando, vi mais coisas dele nas redes sociais e decidi dar uma segurada chance… e foi aí que veio o pulo do gato… aquele álbum me fisgou por inteiro! Eu senti as batidas com elementos de Jazz e Soul penetrando no fundo da minha alma! Senti uma paz e tranquilidade que nunca tinha sentido antes. Fui pesquisar sobre o conceito e descobri o Terno “Divino feminino” (Que obviamente dá nome ao álbum) e fui lendo e me aprofundando um pouquinho nesse assunto.
A temática do álbum gira em torno do amor. Ele toca em temas sexuais ao longo do disco, é claro… mas esse disco tem um sabor a mais, um toque diferenciado que nunca tinha visto outros rappers abordarem: Mac trata a mulher e a energia feminina como divindades que regem nosso universo por inteiro!
E é de uma sutileza, uma sensibilidade tão grande que o ouvinte é levado para esse planeta extremamente apaixonado e conquistador através de seus instrumentais. O canto calmo e sereno de Mac durante as 10 faixas ainda me deixa em um estado de transe até hoje…
Pra mim, é mais do que nítido que The Divine Feminine é a versão definitiva de “You”. Um EP de jazz que Mac lançou em 2012 a partir de seu alter ego Larry Lovestein com o intuito de explorar novas possibilidades musicais.
Mas por que The Divine Feminine é tão importante pra mim?
Bem, como disse no início do texto, gosto de coisas que emocionem e abrem um novo horizonte para a minha alma… e o The Divine Feminine foi meio que isso… esse álbum fez a minha energia feminina florescer. e eu pude entender, trabalhar e evoluir aspectos que nem todo homem se permite… seja pela forma que somos introduzidos na sociedade desde cedo, ou pelo jeito extremamente machista que a gente se comporta perante as mulheres…
Para muitos, esse disco é só sobre o amor e a história de um relacionamento. Muitos podem criticar, achar ele repetitivo e sem muita versatilidade como alguns veículos de mídia falavam em análises na época de seu lançamento.
Mas pra mim, esse disco é um resgate! Um resgate de valores que a minha mãe tinha me passado desde pequeno, e que por tantos motivos, acabei perdendo esse valor no início da minha adolescência…
Esse disco é a declaração de amor mais bonita ao universo e suas complexidades. É o porto seguro quando se está ao lado da pessoa amada. É a troca de olhares apaixonada que Mac e Ariana se dão quando estão performando “My Favorite Part”. É a razão pela qual eu continuo escrevendo e acreditando no amor até nos meus dias mais sombrios e deprimidos. E é por isso que ele é um dos meus álbuns favoritos da vida… é por isso que a música é, e sempre será a minha válvula de escape e o meu amor mais intenso e bonito…
Thank no you, Mac. I love you… ❤️🕊️
Textos anteriores:
Não conheço o trabalho de Mac Miller. Vou ouvir, Kauê.
beijos.
Queremos saber mais sobre ele. vamos add no spotify!